Em seis rodadas de negociação entre as Comissões do SINPAF e da Codevasf, houve poucos avanços significativos. Na quinta rodada, realizada em 21 de junho, a Codevasf propôs um reajuste de 70% do INPC (2,26%) para salários e cláusulas econômicas, mantendo o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente, retroativo à data-base (1º de maio). No entanto, a Comissão de Negociação Nacional (CNN) do SINPAF rejeitou a proposta, destacando que o índice não repõe sequer a inflação do período e não cobre os déficits acumulados desde 2019, calculados em 19,74% pelo Dieese.

Na sexta rodada, ocorrida em 31 de julho e 1º de agosto, a Codevasf apresentou um acordo bianual que também não repõe a inflação do período 2023-2024 para salários, auxílios alimentação e creche, e não trouxe avanços significativos nos direitos sociais da categoria. A empresa ofereceu 75% do INPC para 2024-2025 e 100% do índice para 2025-2026, o que recompõe apenas 2,42% da desvalorização salarial desde 2019. A proposta para o auxílio alimentação foi um aumento de R$ 30,71, enquanto o Dieese indicou a necessidade de R$ 80,12 mensais para manter o poder de compra.

A Comissão de Negociação do SINPAF considerou a proposta insatisfatória e rejeitou-a novamente, enfatizando a necessidade de, no mínimo, recomposição inflacionária dos salários conforme garantido pela legislação brasileira. Além disso, foram aprovadas somente 3 das 53 novas reivindicações sociais propostas pelo sindicato, limitando a capacidade de negociar melhorias no próximo ano.

O SINPAF continua a lutar por maior valorização dos trabalhadores e trabalhadoras da Codevasf, especialmente após a empresa completar 50 anos e reconhecer a importância de seus empregados e suas empregadas em uma cerimônia oficial. A falta de avanços significativos nas negociações, particularmente em cláusulas sociais sem impacto econômico, reforça a necessidade de uma resposta mais robusta e justa da empresa.

Comparativo de Salários

Comparativo de Benefícios