SINPAF participa de homenagem aos 50 anos da Embrapa na Assembleia Legislativa de MG
Por: Gisliene Hesse
A Diretoria Nacional do SINPAF marcou presença na última sexta-feira, 23/02, em mais um evento em homenagem ao cinquentenário da Embrapa. Desta vez, o aniversário da empresa foi comemorado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Adilson F. Mota, diretor de assuntos jurídicos e previdenciários do SINPAF, representou o sindicato no evento.
A Solenidade foi requerida pelos deputados estaduais Antônio Carlos Arantes e Douglas Melo e contou com a presença de diversas autoridades municipais e estaduais, parlamentares, representantes de instituições ligadas à agricultura, empresas públicas e privadas. Além disso, estiveram presentes os chefes-gerais ou seus representantes de todos os Centros da Embrapa na região sudeste
Em Minas Gerais existem dois centros de pesquisa da Embrapa. Um deles em Juiz de Fora que é a Embrapa Gado de Leite e o outro é a Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG.
Durante o seu discurso, Adilson tratou de temas relevantes como: a importância que teve a Embrapa para o crescimento e inovação na produção agropecuária no Brasil, a contribuição dos trabalhadores e trabalhadoras para o sucesso e reconhecimento da empresa; a importância da Embrapa ser estratégica para o Brasil no combate à fome e à insegurança alimentar; e os desafios que precisam ser enfrentados como a proposta de terceirização dos serviços, a burocratização e a verticalização das decisões dentro da empresa.
Os protagonistas
O SINPAF reafirmou a importância dos trabalhadores e trabalhadoras da Embrapa no processo de crescimento e reconhecimento que a empresa conquistou nos seus cinquenta anos de atuação.
“O crescimento da Embrapa se deveu ao investimento público e à qualificação técnica dos profissionais que compõem o quadro da Embrapa ”, destacou Adilson Mota.
O diretor do SINPAF ressaltou também que durante o período de existência da empresa, os empregados e empregadas foram “submetidos a desafios e dificuldades”.
“Os trabalhadores e trabalhadoras enfrentaram redução e até o corte no orçamento da empresa, a não realização de concurso público e estão em meio ao desafio do processo de terceirização imposto pela Empresa. Confira mais sobre o que está ocorrendo na terceirização aqui.
“Temos alguns ajustes a fazer que é a questão de trabalharmos com a terceirização, o que poderá comprometer a qualidade da pesquisa. Os terceirizados não têm o compromisso que os empregados da Embrapa têm com os resultados de suas pesquisas. Além de termos também algumas questões como a burocratização e a verticalização das decisões que nós vamos ter que corrigir”, destacou o diretor.
Combate à fome
Adilson Mota chamou atenção ainda para o desafio que o Brasil enfrenta quando o assunto é a fome e a segurança alimentar. “Não é possível um país desse tamanho e dessa natureza… com fome. Não é somente a questão da fome, mas é a fome da insegurança alimentar” destacou Adilson Mota.
Dados publicados em julho de 2023 pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), mostram um piora nos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil. Segundo o relatório, 70,3 milhões de pessoas estavam em 2022 em estado de insegurança alimentar moderada, que é quando possuem dificuldade para se alimentar. O levantamento também aponta que 21,1 milhões de pessoas no país estavam em 2022 em insegurança alimentar grave, caracterizado por estado de fome.
“Priorizar esse combate à fome e à insegurança alimentar é um dos grandes desafios que a Embrapa tem para os próximos 50 anos. Deveremos então estar alinhados para diminuir essa desigualdade alimentar e social, urbana e no campo. Precisamos valorizar a pesquisa orientada para esse grande interesse público com a produção e consumo de alimentos saudáveis, valorizando a agroecologia e a soberania alimentar”, afirmou Adilson Mota.
O representante do SINPAF finalizou seu discurso ressaltando que os próximos 50 anos da Embrapa serão muito importantes para contribuir “para o aumento sustentável da produção agrícola com a preservação dos recursos naturais. A Embrapa tem que ser “pública”, atendendo o interesse do povo. “Democrática”, com decisões colegiadas e horizontais. E “inclusiva” com agricultura familiar na sua programação, com mais ênfase.
Confira a Comemoração toda abaixo
Integrantes da Mesa
Além de Adilson Mota, a mesa principal do evento contou com o superintendente de Relacionamento da Faemg, Francisco Maurício Simões; o secretário-adjunto de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez; a diretora-executiva de Pessoas, Serviços e Finanças da Embrapa, Selma Lúcia Lira Beltrão; o deputado Antônio Carlos Arantes; o deputado Douglas Melo (Proponentes da Sessão); o presidente da Fapemig, Prof. Carlos Arruda de Oliveira; o chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo , Frederico Durães; o superintende do Ministério da Agricultura e Pecuária, Éverton Ferreira; e a chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Elizabeth Nogueira Fernandes.
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Balanço de Gestão de Atividades – Páginas 6 E 7 – sobre a participação do SINPAF nos eventos comemorativos dos 50 anos do SINPAF