Integrantes da Diretoria Nacional e da Comissão Nacional de Negociação (CNN) do SINPAF se reuniram com a presidência e diretoria da Embrapa na manhã desta quarta-feira (20/9). A pauta do encontro foi o andamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2023-2024, que chega hoje à sua 14ª rodada de negociação sem finalização prevista.

Os representantes do sindicato trouxeram a insatisfação da base com a recente proposta de reajuste de 3,45% para salários e auxílios apresentada pela empresa na reunião da terça-feira (19/9). O índice não recompõe nem as perdas acumuladas pela categoria e foi rejeitado em mesa.

Entre os outros assuntos abordados estavam a terceirização e a necessidade de incluir os assistentes no novo concurso previsto para 2024. 

Tanto a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, quanto os diretores presentes na reunião Selma Beltrão, Alderi Emídio de Araújo, Ana Euler e Clenio Pillon se mostraram solícitos às questões apresentadas pelo sindicato e se colocaram de forma amistosa propondo uma parceria para resolução dos problemas. 

Sobre o índice de reajuste, a presidente da Embrapa deixou claro que eles vão correr atrás de uma proposta melhor junto ao governo federal. A diretoria da empresa também deixou expressa a intenção de incluir os assistentes no novo concurso, porém sem a definição da quantidade. 

Outra questão que a diretoria se mostrou aberta a resolver é sobre criar uma Comissão Permanente de Negociação para atender às demandas dos trabalhadores/as sem depender tanto das negociações do ACT, que de acordo com o Diretor jurídico do SINPAF, Adilson F. Mota, têm sido morosas. 

“Precisamos dar mais celeridade nesse processo, a Embrapa já poderia vir para a mesa com uma proposta mais estruturada já com o índice, com as cláusulas que vão ser debatidas e quais serão aprovadas ou rejeitadas. Isso economizaria tempo e evitaria desgastes para ambas as partes”, conclui. 

De acordo com o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, é preciso que a empresa se atente ao fato de que essa proposta para o reajuste não recompõe a inflação do último ano, que chegou a 3,83% pelo INPC, de acordo com o IBGE. Os auxílios não têm aumento desde 2016 e para quem está lá na base esse benefício faz muita diferença na renda familiar. “Estamos felizes de sermos bem recebidos pela nova diretoria da Embrapa, mas esperamos que os trabalhadores sejam valorizados de forma justa”, argumenta.