SINPAF reforça a importância dos/as trabalhadores/as responderem a Pesquisa sobre saúde!
Por: Gisliene Hesse
Há quase um mês, o SINPAF, em parceria com o Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas dos Ambientes de Trabalho (DIESAT), lançou uma pesquisa inédita com o objetivo de entender e aprimorar a saúde dos trabalhadores e trabalhadoras no campo da pesquisa e desenvolvimento agropecuário. Esta iniciativa visa traçar o Perfil Epidemiológico dos trabalhadores, fornecendo subsídios fundamentais para o debate e implementação de medidas voltadas à promoção da saúde e prevenção de doenças no ambiente de trabalho.
SE VOCÊ AINDA NÃO RESPONDEU, VEM FAZER ISSO AGORA!
Até o momento, mais de 600 pessoas já responderam ao questionário, mas nossa meta é alcançar pelo menos mil respostas, representando pelo menos 10% do contingente de trabalhadores e trabalhadoras que o SINPAF representa. Para reforçar a importância da participação de todos, o SINPAF entrevistou Roberto Xavier, representante do DIESAT, com o intuito de esclarecer dúvidas e incentivar mais pessoas a participarem do estudo. Vem conferir a entrevista completa com Roberto Sobreira Xavier:
Veja mais informações sobre a pesquisa aqui
SINPAF: As pessoas estão tendo facilidade de responder à pesquisa?
Roberto: Sim, a pesquisa foi projetada para ser o mais simples e acessível possível. Utilizamos ferramentas modernas como o Google Forms e construímos a pesquisa de maneira que ela ficasse intuitiva. A maioria das questões é de múltipla escolha, o que facilita bastante o processo de resposta. Além disso, há um campo para depoimento ao final, onde as pessoas podem registrar suas opiniões e sugestões sobre a iniciativa. Isso significa que qualquer pessoa pode participar rapidamente, sem dificuldades.
SINPAF: Como o perfil epidemiológico pode ajudar a empresa, o SINPAF e, principalmente, os empregados e empregadas?
Roberto: O perfil epidemiológico é fundamental para compreendermos o estado de saúde dos/das trabalhadores/as, tanto o atual quanto o passado. Com esses dados, poderemos identificar padrões e problemas de saúde, como doenças prevalentes, fatores de risco e condições de trabalho que precisam ser melhoradas. Essas informações são importantes para que o SINPAF possa incentivar as empresas a implementarem políticas de saúde mais eficazes e específicas, beneficiando todos os/as trabalhadores e trabalhadoras.
SINPAF: Então, falando de empregados, existe uma dificuldade, por exemplo, das pessoas abordarem sobre depressão ou qualquer tipo de doença mental. Essa pesquisa pode ajudar nisso?
Roberto: Embora esta pesquisa inicial seja um perfil abrangente, ela permitirá identificar os principais tipos de adoecimento e riscos no ambiente de trabalho. Com esses dados, poderemos planejar futuras pesquisas mais específicas sobre temas sensíveis como depressão e assédio. É uma oportunidade única para os trabalhadores e trabalhadoras contribuírem com informações que ajudarão a criar um ambiente laboral mais saudável e seguro.
SINPAF: Se você tivesse que falar para os empregados e empregadas por que é importante responder essa pesquisa, o que você diria?
Roberto: Eu diria que a pesquisa é como um termômetro. Ela nos permite medir e entender a intensidade dos problemas de saúde e riscos no ambiente de trabalho. Sem essas informações precisas, não podemos agir de forma eficaz. É importante que todos participem para que possamos dimensionar e abordar adequadamente questões como assédio, condições de trabalho e saúde mental. Só com a participação de todos poderemos cobrar das empresas medidas preventivas e corretivas e também contribuir para melhorar a saúde dos/das trabalhadores/as.
SINPAF: Em uma frase, qual seria a importância de responder a pesquisa?
Roberto: Se você preza pela sua saúde, precisa nos dizer o que acontece com você no seu ambiente de trabalho. Sem essa informação, não conseguimos identificar quais ações podem ser efetivas para melhorar sua saúde e bem-estar.
SINPAF: Sem saúde, não há trabalho?
Roberto: Exatamente. O trabalho é central na nossa vida, e precisamos garantir que ele não comprometa nossa saúde. Nenhum trabalhador deve sair de casa e voltar pior. O trabalho deve ser uma ferramenta para garantir qualidade de vida e não um fator de adoecimento ou sofrimento.
SINPAF: Quando um empregado já levanta e diz que não quer ir ao trabalho, isso é um sintoma de um ambiente tóxico?
Roberto: Com certeza. Se você acorda e não quer ir trabalhar, isso indica que seu ambiente de trabalho é tóxico, seja por riscos físicos ou mentais, como assédio e humilhação. É importante identificar e tratar esses problemas para melhorar a qualidade de vida no trabalho. Precisamos de dados concretos para entender e combater esses problemas de maneira eficaz.
Sua participação é importante para que possamos alcançar nossas metas e criar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para todos. Não deixe de responder ao questionário online da pesquisa hoje mesmo!