SINPAF destaca Terceirização na Embrapa em reunião com o Governo e CUT
Por: Camila Bordinha
O presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, e o secretário geral e diretor de Relações Institucionais, Zeca Magalhães, estiveram reunidos com representantes da Presidência da República, da Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CUT) e de diversos sindicatos no Palácio do Planalto Durante toda a manhã desta quinta-feira, 14 de março.
Convocado pela Central, o encontro buscou organizar os sindicatos em busca de articulação e mobilização com o executivo para as pautas de interesse da classe trabalhadora no Congresso Nacional.
Na oportunidade, Zeca Magalhães chamou atenção para uma situação que já aconteceu com diversas empresas públicas e que chegou à Embrapa: a Terceirização de atividades operacionais da pesquisa agropecuária. “Não foi o agronegócio que trouxe o Brasil para o patamar que está, foi a Embrapa nos seus 50 anos que colocou o país nesse lugar.”
“Nós combatemos e conseguimos barrar a terceirização nos últimos dois governos. E infelizmente, dentro de uma diretoria indicada pelo próprio Governo Lula, estão implementando goela abaixo a terceirização na empresa. E nós como sindicato não vamos aceitar, mas o presidente precisa saber que estão terceirizando atividades de pesquisa,” afirmou o secretário-geral do SINPAF.
O coordenador de Relações Internacionais, Formação e Organização Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Brasil – Contraf Brasil, Marcos Rochinski, lamentou a situação apontada pelo SINPAF na Embrapa.
“Muito nos preocupa porque queremos ser parceiros do pessoal da Embrapa. O duro é quando é lesado por projetos do governo que ele mesmo faz,” lamentou Marcos Rochinski apontando, ainda, diversas políticas que têm causado o enfraquecimento do movimento sindical rural.
ORGANIZAÇÃO SINDICAL
O secretário especial de Assuntos Parlamentares da Presidência da República (Separ/SRI), Valmir Prascidelli, ressaltou a necessidade de o movimento sindical organizar “um conjunto de ações para que o Brasil possa melhorar para que os trabalhadores e as trabalhadoras tenham sempre seus direitos garantidos.”
De acordo com ele, os sindicatos estão “preocupados com a tramitação de matérias que podem melhorar e qualificar a relação entre capital e trabalho, possibilitar a busca de direitos para trabalhadores e incrementar, ampliar e potencializar cada um dos setores. Mas também têm outras [matérias] que podem trazer retrocessos para as conquistas que tiveram.”
Conforme o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, é preciso que os sindicatos se organizem nos estados com seus parlamentares, senadores e deputados federais. “A gente vai fazer muita articulação para retomar as mobilizações, incluindo todas as entidades e centrais sindicais. É fundamental nossa articulação política para fazer pressão, só dessa forma vamos barrar os retrocessos. Vamos à luta!” reforçou. Já o secretário de Assuntos Parlamentares do Ministério do Trabalho, Professor Luizinho, disse que entre as questões mais importantes a serem negociadas entre os trabalhadores e trabalhadoras e empresários, com a mediação do governo, está a garantia de que os sindicatos se sustentem financeiramente para que “todo segmento sindical volte a atuar e retomar sua existência.”