Sem recompor inflação nos salários, proposta de ACT da Codevasf é rejeitada por ampla maioria da categoria
Por: Camila Bordinha
Por ampla maioria, as trabalhadoras e os trabalhadores da Codevasf rejeitaram novamente a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para o período 2023-2024. As assembleias ocorreram nos dias 19, 20 e 21 de dezembro.
O problema apontado pela categoria é que a empresa continuou oferecendo 90% da inflação para reajuste, além do que já acumula de déficit no poder de compra dos salários, imposto pelo governo anterior.
De acordo com o diretor nacional de Saúde do Trabalhador e presidente da Seção Sindical Codevasf Penedo, Pedro Melo, o índice apresentado de 3,45% está abaixo do INPC, que foi de 3,83%. “A categoria não quer ter mais perdas, pois no ano passado perdemos 4,85% do índice e a defasagem salarial acumulada, nos últimos quatro anos, já é de 21,75%,” explicou Pedro Melo.
Para o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, a empresa e o executivo federal não estão ouvindo as expectativas da categoria. “Quando temos um governo que se coloca como pró-trabalhador, progressista e democrático, o mínimo que se espera é que as previsões constitucionais sejam cumpridas. Por isso, as trabalhadoras e os trabalhadores da Codevasf aguardam, pelo menos, a recomposição salarial pelo índice da inflação,” afirmou.
Conforme resposta à Codevasf, o SINPAF pede “o empenho da empresa no intuito de buscar uma proposta melhor, com objetivo de avançarmos nas negociações, uma vez que o Sindicato continua disposto a negociar o acordo diretamente com a empresa.”
O Sindicato também solicitou a prorrogação do ACT vigente por mais 30 dias, a partir do dia 1º de janeiro de 2024. Leia a carta-resposta do SINPAF: