Nesta terça-feira (11), o debate foi caloroso na 4ª rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho da Codevasf (2023-2024). 

A reunião teve o objetivo de debater as cláusulas sociais que a empresa tinha proposto excluir, na segunda rodada, que aconteceu no dia 28 de junho. Das 17 cláusulas discutidas, 9 foram acordadas, 3 suspensas e 5 acordadas parcialmente. 

A empresa se mostrou relutante à proposta do sindicato em relação à cláusula do Auxílio Assistencial de Prestação Continuada destinada aos empregados que possuem filhos com deficiência física ou mental, comprovada por laudo médico. 

O SINPAF entende que o benefício destinado a auxiliar nas despesas com tratamentos e/ou escolas especializadas, para filhos nessa condição, não deveria precisar de comprovação de despesas, conforme defendeu a Comissão da Codevasf.

O analista de desenvolvimento regional,  Walter Luiz Carvalho, da 2ª SR de Bom Jesus da Lapa, que tem uma filha de 40 anos portadora de necessidades especiais, explica a dificuldade que tem passado agora que não recebe mais o auxílio, pois não consegue comprovar as despesas, de acordo com as novas regras estabelecidas pela empresa. 

“No meu caso não tem como comprovar essa despesa. Ela usa medicamentos contínuos, fraldas descartáveis, ela não fala, não anda, não enxerga, a mãe usa utensílios especiais, remédios, luvas descartáveis para manipulação da filha, se as notas das farmácias servissem para comprovar os gastos, a gente poderia comprovar”, relata o analista.

Índice econômico 

A empresa permaneceu sem apresentar nenhuma nova proposta de reajuste salarial ou posicionamento para as cláusulas financeiras. 

O SINPAF esteve na Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), na tarde desta segunda-feira (10), após a reunião de negociação com a empresa. O objetivo foi fazer uma articulação e fazer avanços nas tratativas do acordo. Porém, ainda não obteve resposta. 

A Codevasf se comprometeu a apresentar nova proposta das cláusulas econômicas, acertada com a Sest, até o dia 14 de julho. 

Veja a ata da reunião: