Ministro Fávaro reafirma que é contra a terceirização na Pesquisa Agropecuária
Por: Camila Bordinha
A Jornada de Mobilizações do SINPAF contra a Terceirização na Embrapa surtiu grandes resultados nesta quarta-feira (17/8). Após a concentração na Sede da empresa pela manhã, os manifestantes seguiram para a Frente do Palácio do Planalto e, em seguida, passaram a tarde na porta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Na frente da Presidência da República, trabalhadoras e trabalhadores da Embrapa levantaram faixas e gritaram a frase de ordem, mote da campanha: Não à Terceirização! Também velaram o caixão que simboliza a morte da Pesquisa Agropecuária na Praça dos Três Poderes.
Como resultado da mobilização, um assessor do ministro Alexandre Padilha foi ao encontro dos manifestantes e, depois, confirmou uma reunião com o coordenador da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República (PR), Juarez Humberto Ferreira, para esta quinta-feira (18/4) às 15h.
Após o almoço nos jardins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), servido por militantes do Movimento das Trabalhadoras e dos Trabalhadores Sem Terra (MST), empregados da Embrapa de todas as regiões brasileiras, principalmente de Brasília (das Embrapas Cerrados e Hortaliças), seguiram vigilantes na porta do ministério.
Ao final da tarde, o próprio ministro Carlos Fávaro conversou com os dirigentes sindicais que se mantiveram mobilizados. Indagado pelos manifestantes no microfone que repercutia por todo o ambiente externo do prédio, ao longo da tarde inteira, sobre sua posição quanto à terceirização de pessoal que faz a Pesquisa Agropecuária Pública, o gestor da pasta a qual a Embrapa responde reafirmou a sua posição contrária.
“Na transição, e eu já tenho um posicionamento claro e aberto sobre isso, na Embrapa, o serviço de pesquisa, o serviço de campo, é impossível ser terceirizado. Não faz sentido ser terceirizado. A hora que o pesquisador está desenvolvendo a pesquisa, ele tem lá no campo uma pessoa que tá de acordo com a necessidade do pesquisador efetivando lá no campo. Se é uma terceirizada, hoje ela manda uma pessoa, amanhã manda uma outra, cai o contrato, gasta muito mais energia qualificando e treinando uma terceirizada, que acaba sendo um peso para o pesquisador ao invés de ser um auxililar. Então não faz sentido ter terceirizado e nessa pauta podem contar comigo,” explicou minuciosamente o ministro Carlos Fávaro.
Indagado ainda por um dos manifestantes sobre já ter conversado sobre o assunto com a Diretoria Executiva da Embrapa, o ministro reafirmou: o meu posicionamento vocês já têm claro, se eu for consultado eu estou do lado de vocês,” concluiu.
Com a posição clara do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a grupo de dirigentes e da trabalhadores e trabalhadoras de base da categoria seguem com mais uma dúvida: a quem interessa manter a terceirização na Embrapa?
Assista ao vídeo da conversa com o ministro no nosso Instagram: @sinpafnacional.