Gravação do debate na Câmara dos Deputados sobre o filme ‘SINPAF 35 anos: A Luta Continua’
Por: Camila Bordinha
Para quem não pôde acompanhar ao vivo a sessão que apresentou e debateu o documentário ‘SINPAF 35 anos: A Luta Continua’, na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (15/8), a gravação já está disponível.
Assista:
DETALHES DO DEBATE
Participaram do debate, além da solicitante do evento, a deputado Érika Kokay (PT/DF), o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal; o diretor de Relações Institucionais, Zeca Magalhães; o diretor de Comunicação, Jean Kleber da Silva; o presidente da Seção Sindical Embrapa Cerrados, Lucas Ednei; e a presidenta da Seção Sindical Codevasf Teresina, Jasna Maria Luna. A diretora executiva de Pessoas e ex-presidenta do SINPAF, Selma Lira Beltrão também compôs a mesa de discussão.
Convidados pelo sindicato, também acompanharam o debate dois dos protagonistas da história do SINPAF narrada no filme: o ex-presidente, Vicente Almeida, e o ex-marketing, Max D’Oliveria.
PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA
O diretor de Comunicação do SINPAF, Jean Kleber da Silva, explicou que a decisão de criar um documentário partiu da ideia de se registrar a memória do sindicato, “já que hoje a classe trabalhadora tem dificuldade de guardar a sua história para além do que é imposto e invisibilizado pelo capital.”
A deputada Érika Kokay destacou a importância de essa história ser contada por quem a construiu e ser guardada para que outras pessoas não a contem com outros vieses. “A história do SINPAF é sempre de muita luta e coragem, em todos os momentos. De sofrimento, sem nenhuma dúvida, mas é também de muitos risos, alegrias, resistência, grandes mobilizações, greves e atuações, e ao mesmo tempo de muita preocupação com as empresas,” declarou a parlamentar.
COMBATE AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL
O presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, aproveitou a oportunidade para reforçar que a Luta do SINPAF contra o assédio moral e sexual na Embrapa continua, problema que perdura na empresa e que também é tratado no filme. “Fizemos um levantamento das ações de assédio moral na Embrapa, desde 2009, são 657 ações tramitando na justiça e 14 delas com assédio sexual,” informou o presidente do sindicato.
ELEVEÇÃO DE ESCOLARIDADE
Para o diretor de Relações Institucionais, Zeca Magalhães, relacionou a história passada no documentário com a negociação coletiva com a Embrapa, neste ano, na qual o sindicato continua na luta pela isonomia da elevação de escolaridade das trabalhadoras e dos trabalhadores da empresa. “Até hoje assistentes e técnicos, apesar de estudarem e buscarem conhecimento para aplicar dentro da Embrapa, não são reconhecidos por essa elevação de escolaridade,” afirmou Zeca Magalhães.
A elevação de escolaridade também foi o assunto reforçado pelo presidente da Seção Cerrados, Lucas Ednei. De acordo com ele, o reconhecimento de escolaridade é um pedido constante do SINPAF há mais de 10 anos. “É uma igualdade para todos que trabalham na mesma empresa,” destacou.
OLHANDO PARA O FUTURO
Representando a esperança de futuro do sindicato, a presidente da Seção Sindical Codevasf Teresina, Jasna Maria Luna Marques, afirmou que o documentário possibilita conhecer e viver coisas que talvez eu não poderia ter vivido.
“A gente precisa de trabalhadores e trabalhadoras na nossa base, porque vão continuar tentando tirar os direitos. E o documentário é importante porque o sindicato tem uma história passada, que é muito importante a gente entender para honrar essa memória, de muitas lutas, alegrias e conquista, que precisa continuar,” afirmou Jasna Luna.
Já a diretora Executiva de Pessoas da Embrapa, Selma Beltrão, que participou do filme porque também já foi presidenta do SINPAF, disse que “é emocionante assistir aos cerca de 1 hora do documentário porque é um verdadeiro marco na luta e na história dos trabalhadores, não só da Embrapa, mas da Codevasf, dos Distritos Irrigados e das empresas estaduais de pesquisa.”
Para Selma Beltrão, “não existe conquista sem luta. É por isso que a luta continua e vai continuar sempre porque, independente da conjuntura, há sempre a necessidade de avanço.”