Embrapa desconsidera assistentes na criação do GT de Trabalho Flexível
Por: Gisliene Hesse
A Embrapa publicou na última segunda-feira, 10 de julho, a Portaria Nº 673 para anunciar um Grupo de Trabalho (GT) que tem o objetivo de construir uma proposta de norma de trabalho flexível para toda a empresa. Para a surpresa da categoria, a lista de integrantes do GT foi composta de forma desproporcional com 1 técnico, 4 analistas e 6 pesquisadores, deixando de lado os assistentes.
A lista de nomes mostra, mais uma vez, que a empresa desvaloriza alguns cargos do quadro de empregados. Atualmente, a Embrapa possui um número total de 7.772, sendo 2.268 analistas, 2.065 assistentes, 2.162 pesquisadores e 1.277 técnicos.
Na visão do SINPAF, é desproporcional tratar um tema tão relevante sem a devida representatividade. Como construir regras para todo o quadro de empregados da empresa que é composto por 4 cargos, com atuação somente de trabalhadores de 3 cargos? A empresa peca também em relação a quantidade de técnicos no GT, somente 1 empregado.
“A falta de representatividade é evidente. O Sindicato não está de acordo que a empresa trate sobre essa questão e, sobre qualquer outra, de forma parcial. Essa ação é antidemocrática e vai contra ao que acreditávamos que a nova gestão da empresa faria” destaca Marcus Vinícius Sidoruk Vidal, presidente do SINPAF.
O SINPAF oficiou a Diretoria Executiva da Embrapa para que ela equilibre a participação do GT. A entidade pedirá que a composição seja revista para que mais técnicos estejam no grupo e para que os assistentes sejam reconhecidos. Na oportunidade, também irá solicitar a participação do SINPAF como legitimo representante dos trabalhadores e trabalhadoras.