Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário
foto com o fundo verde. Do lado esquerdo temos a bandeira LGBTQIA+ e do lado esquerdo a foto do pesquisador da Embrapa. Ele é um homem de cabelos curtos, moreno e de óculos. Na parte superior temos a logo do sinpaf.

Comentários de trabalhadores/as ratificam ambiente institucional da Embrapa como assedioso e preconceituoso

22 de janeiro de 2024
Por: Gisliene Hesse

No fim de semana, o SINPAF publicou Nota de Repúdio do SINPAF e vídeo sobre o caso de homofobia e assédio praticados contra o pesquisador da Embrapa Algodão, Cherre Bezerra. Chamou atenção da instituição o fato das publicações no instagram ganharem uma grande interação. Por um lado, os comentários são de apoio ao pesquisador, mas por outro, são reclamações de empregados e empregadas da Embrapa que que relatam terem sofrido ou estarem sofrendo assédio e/ou homofobia dentro da instituição.

A homofobia no Brasil tem atingido números inimagináveis. Não por acaso, neste domingo (21), a mais antiga organização não governamental (ONG) LGBT da América Latina, o Grupo Gay da Bahia (GGB), soltou os dados de 2023 e reafirmou o Brasil como o país que mais mata pessoas LGBTQIA+. Foram assassinadas 257 pessoas LGBTQIA+ de forma violenta no Brasil. O que significa a que, a cada 34 horas.

Veja mais sobre a pesquisa aqui

Sem falar na violência psicológica, no qual se encaixa o caso de Cherre e tantos outros que ocorrem dentre do local de trabalho, no transporte público ou em qualquer outro lugar. Infelizmente, os comentários dos empregados e empregadas da Embrapa ratificam também que a empresa precisa agir rápido.

Segundo o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, o SINPAF tem denunciado casos de assédio e publicizado nos seus meios de comunicação, além de cobrar medidas da empresa.   

“Sabemos que algumas chefias continuam utilizando práticas ultrapassadas de gestão e, o pior, não estão abertas ao diálogo e se regem por perseguição e irregularidades junto ao seu corpo de empregados e empregadas. A primeira coisa que a Embrapa precisa fazer é verificar as denúncias e em caso de comprovação punir adequadamente quem promove o assédio e/ou homofobia”, afirma Marcus Vinicius.

O presidente acredita que outras ações devam ocorrer paralelamente às apurações dos casos. “A empresa precisa investir em mudança de políticas de gestão e na construção de uma estratégia específica contra o assédio e a favor da diversidade dentro da empresa”, completa o presidente do SINPAF.

Reclamações do Assédio na Embrapa

Em alguns dos comentários, as pessoas se dizem impactadas e tristes com o que está ocorrendo com o Cherre e reclamam que o ambiente de trabalho na Embrapa é muito preconceituoso e assedioso. Confira alguns deles abaixo:

Relato de outros casos

Além de apoiar o pesquisador e reclamar do ambiente de trabalho, outros empregados e empregadas se identificaram e contaram o que passam ou passaram dentro da empresa. Veja alguns relatos abaixo:

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