Trabalhadores/as denunciam arbitrariedades e exigem mudanças na Embrapa Sete Lagoas
Por: Gisliene Hesse
No último mês do ano de 2023, os trabalhadores e trabalhadoras da Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas, MG, voltaram a demonstrar insatisfação com as arbitrariedades praticadas pelos gestores da unidade. Em 05 de dezembro, assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras deliberou a realização de manifestações e protestos contra a gestão local.
Denúncias
Entre as arbitrariedades denunciadas pelos/as empregados/as estão: o sucateamento da unidade – que compreende falta de cuidados com a biblioteca, o ajuntamento de empregados/as em salas desestruturadas para o desenvolvimento do trabalho; o fechamento do restaurante por atraso na licitação; o desarranjo organizacional, a ausência de diálogo e a perseguição ao sindicato e aos empregados/as contrários à política de direita, entre outros.
Decisão em Assembleia
Um dia após a realização da assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras, 6 de dezembro, as manifestações iniciaram na unidade. Entre as ferramentas de reinvindicações estão informativos, cartazes e banners que solicitam, principalmente, a retirada da gestão Frederico Durães da unidade descentralizada, já que o mandato do pesquisador está vencido.
Posicionamento da Seção Sindical
O presidente da Seção Sindical de Sete Lagoas, Francisco Antunes, acredita que esse tipo de gestão está ultrapassada e não atende aos anseios de uma empresa como a Embrapa, que é referência nacional e internacional em pesquisa agropecuária.
“Não parece que o governo mudou. A gestão é feita por meio de autoridade exacerbada. É uma política de direita. Nem parece que vivemos em um sistema democrático”, afirmou Antunes.
Segundo a diretoria da Seção Sindical, a presidência da Embrapa já foi informada de todos os acontecimentos em Sete Lagoas – MG. Para ver a ata de assembleia que pede a saída da gestão atual, clique aqui.
Diretoria Nacional
A Diretoria Nacional do SINPAF se manifesta contrária a qualquer tipo de prática autoritária e que prejudique o desenvolvimento do trabalho dos empregados/as. Além disso, não compactua com perseguições e ausência de diálogo entre a gestão da unidade e os trabalhadores e trabalhadoras.
“As práticas denunciadas pelos trabalhadores e trabalhadoras de Sete Lagoas demonstram que temos muitos desafios pela frente. Não é admissível que a Embrapa permita esse tipo de arbitrariedade e/ou perseguição e assédio a quem mais contribui para o seu crescimento que são os trabalhadores e trabalhadoras. Vamos continuar nossa luta para que esse tipo de gestão não persista nas unidades da empresa”, destacou ou presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal.
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