
A Embrapa em transformação causa reações
Por: Antônio Luiz Oliveira Heberlê
Ao completar 50 anos a Embrapa é uma empresa considerada a Pelé da pesquisa agrícola dentro e fora do País. O orgulho do Brasil é empresa pública, de todos os brasileiros e brasileiras e foi preciso muito foco e trabalho de homens e mulheres da ciência para que ela conquistasse alta respeitabilidade e confiança.
Mas há um preço para quem trabalha no limite dos avanços do conhecimento, olhando sempre para a realidade e se ajustando diante da necessidade de mudar continuamente.
O preço é proporcional ao risco de quem investiga e precisa mudar muito, porque o mundo mudou e muito rápido. Demandas por produtos limpos de venenos, alimento saudável e se possível biodinâmico, ajudando a medicina, são condicionantes. Tudo isso, obtido com absoluto respeito à natureza, preservando-a e se possível repondo e recompondo os recursos indispensáveis para produzir melhor, com segurança para o ambiente e para o homem.
Este é um momento ímpar de escuta dos sinais que apontam para um novo tipo de produção, sintonizado e responsável. Mas mudar e vencer o velho paradigma não é fácil, creiam, um contingente de cabeças velhas, defensoras de uma agricultura predatória e sem sentido quer continuar com as práticas ultrapassadas.
A Embrapa, felizmente, abriu os olhos junto com o Brasil recente e está mudando a sua diretoria para focar em avanços necessários. A Empresa tem quadros excelentes, preparados nas melhores academias mundiais, sintonizados com a realidade brasileira.
A nova presidência da Empresa, assim como os colegas indicados para compor a diretoria, fazem parte desses quadros. Eles já passaram por chefias de unidades da Embrapa e de pesquisas estratégicas e são experimentados em cargos de gestão, com comprovada competência para enfrentarem o desafio de revigorar a Embrapa.
Importante que se consagre tais valores, porque nas redes sociais agitam-se e corroem-se aqueles que só desejam a desqualificação de reputações científicas. Isso é muito grave, porque afeta pessoas e suas famílias, além de seus trabalhos e contribuição para o País.
Não é hora de cultuar a guerra ao não se reconhecer a necessidade indispensável de olhar para a atualização de uma agência do conhecimento. A transformação está em curso e não vai parar, mesmo diante das pressões, porque a Embrapa é composta de muita gente com fé e foco no trabalho e no futuro.
Tenham certeza, nada vai impedir uma nova Embrapa.