Começou no último domingo, 01/09, a campanha do Setembro Amarelo para conscientizar sobre a prevenção ao suicídio. Desde 2015, o movimento idealizado pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e outras entidades busca quebrar o silêncio sobre esse grave problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2024, o SINPAF se une mais uma vez ao movimento, destacando a urgência de tratar o tema, especialmente no ambiente de trabalho, onde o assédio e as pressões excessivas podem desencadear transtornos como a depressão.

A importância do Diálogo e da Conscientização

O principal objetivo do Setembro Amarelo é incentivar o diálogo e desmistificar o tabu em torno do suicídio. Com o lema “Se precisar, peça ajuda!”, a campanha deste ano busca engajar a sociedade na luta pela valorização da vida. No Brasil, o suicídio é responsável por cerca de 14 mil mortes anuais, um número alarmante que reflete a necessidade de ações preventivas contínuas e efetivas. O SINPAF apoia a campanha por entender que a informação e o acolhimento são fundamentais para reverter esse cenário.

Suporte no ambiente de trabalho

“Precisamos falar sobre saúde mental no trabalho e combater as causas que levam à depressão e ao suicídio, como o assédio moral e as condições de trabalho insalubres. É fundamental que os trabalhadores e as trabalhadoras se sintam amparados e saibam que não estão sozinhos”, destaca Pedro Melo, vice-presidente e Diretor de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente do SINPAF. A prevenção envolve a criação de ambientes de trabalho saudáveis e o suporte aos/às trabalhadores/as que enfrentam desafios emocionais.

Sérgio Cobel, Diretor Suplente de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente do SINPAF, reforça: “O Setembro Amarelo é uma oportunidade de alertar sobre os riscos e oferecer apoio. No ambiente de trabalho, a pressão por metas e o assédio podem ser devastadores. Nossa missão é mostrar que há alternativas e que buscar ajuda é um ato de coragem.”

Dados alarmantes: o impacto do suicídio no Brasil e no mundo

O suicídio é uma questão grave e complexa, que tem se tornado cada vez mais comum. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida anualmente, sendo uma das principais causas de morte entre jovens e adultos. No Brasil, 17% da população já pensou em suicídio em algum momento da vida, e 4,8% chegaram a elaborar um plano. Esses números reforçam a importância de medidas preventivas.

Sinais de alerta e importância da educação

A prevenção ao suicídio passa pela identificação de sinais de alerta, como mudanças bruscas de comportamento, isolamento social e verbalizações de desesperança. A educação é uma ferramenta poderosa nesse processo. Promover o diálogo e desmistificar o tema ajudam a criar uma rede de apoio que oferece recursos e acolhimento para quem está em crise.

Confira também a cartilha “Conhecer para prevenir”

O papel do ambiente de trabalho

No ambiente de trabalho, o cenário também é preocupante. Pressões excessivas, assédio moral e cobranças desproporcionais são fatores que contribuem para o adoecimento mental dos/das trabalhadores/as. O SINPAF alerta que essas práticas podem desencadear quadros de depressão que, sem o devido acompanhamento, podem evoluir para o suicídio. É essencial que as empresas promovam um ambiente saudável e seguro para todos.

Como oferecer ajuda

A ajuda pode vir de diversas formas, desde a escuta ativa até o encaminhamento para profissionais de saúde mental. Para apoiar alguém que demonstra sinais de depressão ou pensamentos suicidas, a abordagem deve ser empática e sem julgamentos. Perguntas simples como “Tem algo que eu posso fazer para te ajudar?” podem fazer toda a diferença. O CVV orienta: acolher, escutar e incentivar a busca por ajuda profissional são passos essenciais na prevenção ao suicídio.

Caso precise de ajuda ou informações, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV), que dá apoio emocional e preventivo ao suicídio. Ligue para 188 (número gratuito) ou acesse www.cvv.org.br.

Conclusão: a luta pela vida é de todos nós

O SINPAF solicita a todos e todas que apoiem a campanha do Setembro Amarelo e compartilhem essas informações. Esta não é apenas uma campanha de um mês, mas um movimento contínuo de conscientização, acolhimento e prevenção. A luta pela vida é uma responsabilidade de todos nós, e juntos podemos fazer a diferença!

Fontes: Conexa; Setembro Amarelo ; CVV

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