O SINPAF participou do 3º Encontro do ciclo “A China no Mundo e o Brasil”, realizado pelo Instituto Lula, no último dia 30 de julho, no Centro de Convenções Fiesta Hotel, em Salvador, Bahia. As discussões se concentraram na ascensão econômica e tecnológica da China e seus impactos globais.  Essa é a segunda vez que o sindicato integrou o ciclo de eventos sobre as relações Brasil-China. Em Salvador, a entidade foi representada por Jorge Menezes Vidal, Diretor de Formação Sindical do SINPAF.

O evento de Salvador e contou com uma programação diversificada, incluindo palestras e debates sobre a ascensão da China, a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), e o impacto das relações bilaterais no desenvolvimento regional da Bahia.

Os especialistas destacaram a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI) como um projeto central na ampliação da conectividade da China com diversas regiões, incluindo América Latina e África. A análise incluiu a influência da China no Brasil, que é um dos principais parceiros comerciais do país asiático, e as implicações dessa parceria para o desenvolvimento regional, especialmente na Bahia.

Outro foco importante das discussões foi a realidade dos/das trabalhadores/as nas empresas chinesas e as práticas laborais associadas. Os participantes expressaram preocupações com a alta informalidade e a falta de proteção sindical na China, refletindo práticas que podem impactar negativamente os/as trabalhadores/as brasileiros/as. Além disso, foram abordadas as promessas de geração de empregos feitas por empresas chinesas, que muitas vezes não se concretizam, evidenciando a necessidade de uma análise crítica das condições de trabalho e das práticas empresariais nas parcerias bilaterais.

Opinião do SINPAF

O Diretor de Formação Sindical do SINPAF sublinhou a importância de o sindicato participar dos debates para ter conhecimento sobre a realidade mundo do trabalho em outros países, neste caso, na China. Segundo o diretor, o evento reafirmou a importância do diálogo contínuo sobre as relações internacionais e suas consequências para o desenvolvimento regional e a proteção dos/das trabalhadores/as.

“Ficamos estarrecidos com a situação dos trabalhadores na China, onde 50/60% estão em empregos informais e os sindicatos são controlados pelo governo. A ausência de uma proteção sindical adequada reflete uma realidade preocupante”, afirmou Vidal.

Outro assunto que o representante sindical destacou foram as práticas das empresas chinesas no Brasil. “A relação das empresas chinesas com os/as trabalhadores/as brasileiro/as tem sido marcada pela exploração excessiva de trabalho e por assédio moral e sexual. Muitas vezes, as promessas de geração de empregos são insuficientes, com empresas trazendo componentes da China e não realizando transferência de tecnologia”, alertou o diretor do SINPAF.

Veja como foi a participação do SINPAF no segundo encontro: