SINPAF e Governo discutem políticas para PCDs na Embrapa
Por: Gisliene Hesse
A Diretoria Nacional do SINPAF se reuniu, na manhã de hoje, 18/01, com o governo para tratar de pautas sobre as pessoas com deficiência (PCDs). Entre os principais assuntos abordados estiveram a falta de acessibilidade nas unidades da Embrapa, a ausência de políticas especificas para PCDs na empresa e o não cumprimento das regras de regulamento interno que tratam de direitos das pessoas com deficiência. A reunião, solicitada pela Seção Sindical de Goiânia, também foi uma oportunidade para discutir futuras parcerias entre o sindicato e a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência.
Durante o encontro, o SINPAF também tratou dos avanços ocorridos no ano passado durante a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho da Embrapa. O presidente nacional do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, ressaltou que o sindicato tem cobrado uma postura diferenciada da empresa em relação aos temas que são caros às pessoas com deficiência.
“O ACT da Embrapa foi fechado com avanço na cláusula que trata de auxílio para filhos ou dependentes com deficiência. Agora os pais e mães de filhos que têm deficiência terão flexibilização na jornada de trabalho. Eles/elas poderão flexibilizar a jornada dentro do horário da unidade e também terão autorização de fazer compensação de horas”, explicou.
O coordenador-geral de relações institucionais da Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Antonio José Nascimento, afirmou que apesar dos avanços, um dos problemas sérios enfrentados pelas pessoas com deficiência é o capacitismo. O coordenador disse que as dificuldades enfrentadas começam com linguagem utilizada pela sociedade para se referir as pessoas com deficiência, passam pela falta de acessibilidade e vão até o momento da contratação de uma pessoa com deficiência em uma empresa. “Nós vivemos em uma sociedade que as pessoas não nos conhecem e não sabem das nossas causas”, destacou.
Acessibilidade
Sobre a acessibilidade, os representantes do SINPAF, disseram que ocorre descumprimento da Lei de Acessibilidade que existe desde o ano de 2000. “O sindicato tem lutado para que a lei seja respeitada e também para que ela conste no instrumento coletivo de trabalho”, afirmou Waltterlenne Englen, presidente interino da Seção Sindical Goiânia.
A Lei de Acessibilidade foi criada em dezembro de 2000 e estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com de deficiência ou com mobilidade reduzida.
“É inadmissível, depois de quase 25 uma das principais empresas públicas do país não ter acessibilidade”, afirmou o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius.
Outros assuntos
Na reunião, o SINPAF ainda abordou como o tema é tratado por outras empresas da base e aventou a possibilidade de parcerias com a secretaria para desenvolver algumas ações em prol das melhorias para os empregados e empregadas com deficiência dessas empresas.
O secretário explicou um pouco sobre o “Viver Sem Limites”, um programa novo de governo que visa ampliar os acessos às pessoas com deficiência no país. Confira mais informações sobre o programa aqui
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