Sem proposta de índice, trabalhadores e trabalhadoras da Codevasf realizam assembleias e protestos
Por: Gisliene Hesse
Nestas segunda e terça-feira, 04 e 05 de setembro, trabalhadores e trabalhadoras da Codevasf de cinco Seções Sindicais participaram de assembleias sobre a negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023/2024. As assembleias foram convocadas pelo SINPAF e replicadas em todas as seções sindicais.
Os empregados e empregadas realizaram atos em frente das Superintendências da Codevasf e demonstraram sua insatisfação com a falta de propostas para as cláusulas econômicas. Até hoje, a empresa não avançou e os 2,5% oferecido no início das tratativas ainda está em vigor.
A categoria luta por um reajuste salarial de 21,75% pelo INPC (perdas acumuladas de 2028 a 2023) e por aumento de 37,55% nos auxílios alimentação/refeição, filhos ou dependentes com deficiência.
As Seções Sindicais deliberaram manter as assembleias permanentes. Dessa forma, a próxima assembleia poderá ser convocada rapidamente, sem necessidade de novo edital. Na próxima semana, as Seções Sindicais deverão promover mais ações de mobilização nas bases, com panfletagens e assembleias.
O SINPAF alerta que é muito importante a participação de todas as trabalhadoras e trabalhadores para pressionar a empresa a apresentar retornos concretos sobre a pauta econômica e avançar em cláusulas importantes para a categoria.
NEGOCIAÇÕES
As Comissões de Negociação do SINPAF e da Codevasf já participaram de sete rodadas de tratativas, nas quais discutiram e aprovaram 45 cláusulas sociais que já fazem parte do ACT de 2022. Uma cláusula nova sobre teletrabalho foi aprovada e deverá ser incluída no acordo deste ano.
A falta de respostas sobre o índice para os salários e auxílios, bem como o impasse em algumas cláusulas, como a dos dependentes com deficiência, causaram entraves nas negociações.
Na última rodada de negociação, a CNN foi até a presidência da Codevasf apresentar sua insatisfação com a postura da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), já que todas as cláusula (sociais e econômicas) têm passado pelo crivo da SEST. Veja mais aqui.