Insalubridade e Tíquete Alimentação são destaques na negociação entre SINPAF e Embrapa nesta segunda
Por: Camila Bordinha
A negociação entre o SINPAF e a Embrapa, nesta segunda-feira (24), debateu a proposta do sindicato para o Adicional de Insalubridade, que tomou a maior parte da negociação, e analisou, ainda, as mudanças propostas pelo sindicato para o Auxílio Alimentação e Fornecimento de Café da Manhã.
Entre as reivindicações da Comissão Nacional de Negociação do SINPAF (CNN) está a necessidade de comissões locais, com a participação de representantes sindicais, para acompanhamento das visitas técnicas de produção dos laudos de insalubridade.
Para a secretária-geral do SINPAF, Dione Melo, é preciso arrumar caminhos para resolver o problema dos laudos técnicos de insalubridade apontado por diversos membros da CNN durante a reunião. “A gente acredita e não está desconsiderando o esforço que a Embrapa tem feito nesse sentido, mas o problema continua. Por isso, temos que resolver localmente, com a formação de comissões locais,” sugeriu Dione Melo.
O vice-presidente do SINPAF, Júlio Bicca, afirmou que o sindicato tem condições de acompanhar a avaliação técnica do perito. “Não existe razão para não acompanharmos, pois assim como a empresa contrata assessoria externa, o sindicato também tem condições de contratar o próprio técnico para acompanhar,” alegou Júlio Bicca.
Um avanço que teve essa cláusula sobre Adicional de Insalubridade foi o aceite da Embrapa para inclusão de um novo inciso, com uma pequena alteração no texto proposto pelo SINPAF, que acordou que “a Embrapa fará constar em seu processo de elaboração e avaliação do LTIP e/ou LTCAT, além dos riscos previstos em Norma Regulamentadora, àqueles garantidos em Acordo Coletivo.”
Já a alteração da base de cálculo do adicional de SC01 para SB01, solicitada pelo SINPAF e discutida na última reunião, não avançou. A Embrapa não apresentou o estudo de impacto financeiro sobre a mudança e, portanto, a cláusula manteve-se suspensa a pedido da empresa.
Júlio Bicca reforçou que a mudança da base de cálculo é necessária para buscar compensar, em parte, a falta de salubridade na empresa. “O SINPAF, na verdade, busca que a empresa garanta um ambiente saudável para seus trabalhadores e suas trabalhadoras. Como ela não é capaz de promover esse ambiente salutar, os empregados precisam ter essa compensação, até mesmo para investir na saúde e mesmo em reservas para futuros imprevistos,” disse o vice-presidente do SINPAF.
ALIMENTAÇÃO E CAFÉ DA MANHÃ
O Auxílio Alimentação/Refeição é uma das prioridades do SINPAF na pauta de negociação coletiva deste ano. Desde 2019 o valor do tíquete não é reajustado e, de acordo com o Dieese, o déficit já chega a 37,55%.
Também foi discutida uma garantia mínima de padronização do café da manhã, com balanço nutricional – com garantia de, pelo menos, carboidrato, fruta e proteína – respeitando-se a diversidade regional e sazonal.
Ambas as propostas foram suspensas pela empresa, para que sejam revistas nas próximas rodadas.
A próxima mesa de negociação vai ser amanhã, 25 de julho, durante o dia inteiro.