Trabalhadores da Embrapa são ouvidos no Ministério da Agricultura
Por: Larissa Sarmento
Após fazerem um manifesto pacífico na porta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), trabalhadores e trabalhadoras da Embrapa foram ouvidos pelo secretário-executivo adjunto, Luiz Rodrigues.
A conversa, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (9), teve o objetivo de buscar o apoio do novo governo para reconstrução da Embrapa e o retorno à sua missão original.
Participaram 20 representantes do SINPAF, entre eles membros da Diretoria Nacional, presidentes e diretores de seções sindicais de diversas regiões do país e filiados.
Os participantes apresentaram para o secretário adjunto as principais mazelas que atordoam a Embrapa hoje e que vêm destruindo a pesquisa agropecuária no país.
Os itens colocados como de maior urgência para sanar tais problemas foram a necessidade de troca do Conselho de Administração da Embrapa (Consad) e da diretoria da empresa.
Outras questões como a terceirização dos assistentes e a precarização da pesquisa, a necessidade de realização de novos concursos públicos para recomposição do quadro defasado, a valorização da pesquisa e das riquezas incalculáveis da empresa também foram levantadas.
Segundo o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, o encontro foi importante para levantar questões e debater assuntos relativos à Embrapa e aos trabalhadores, “mas o objetivo maior é criarmos uma interlocução permanente com o Ministério”.
O secretário-executivo adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luiz Rodrigues, depois de ouvir atentamente os representantes do SINPAF, ressaltou que a prioridade do ministro Carlos Fávaro é a recuperação da Embrapa.
“A Embrapa não é uma empresa de ativos físicos, os ativos são seus trabalhadores, é o conhecimento que eles produzem que está em vários níveis desde quem pesquisa até quem conduz o experimento”, destaca.
Ele afirmou ainda que a meta agora é nomear um novo Conselho para a partir daí eleger uma nova diretoria da Embrapa, que seja mais representativa para os trabalhadores e para a sociedade civil.
“A gente quer uma empresa que converse com todos os setores, que atenda às necessidades da agricultura brasileira, mas que converse com as questões importantes transversais como o meio ambiente, a fome e infraestrutura”, completa.
O secretário acrescentou que o ministro Carlos Fávaro fará um encontro presencial com o SINPAF para planejar uma agenda de ações.