Neste início de ano, a Seção Sindical Florestas foi informada por sua assessoria jurídica sobre a vitória na ação da folga de dia do pagamento.

A conquista é para que os empregados lotados na Embrapa Florestas (que ingressaram até o início da vigência do ACT 2000/2001) possam ser liberados uma vez por mês para resolverem questões  bancárias e problemas pessoais. 

A seção ingressou com ação no final de 2015 no Tribunal Regional do Trabalho da 9.ª Região de Colombo (PR)  requerendo essa liberação, após ter sido retirada do Acordo Coletivo de Trabalho de 2012/2013. O sindicato perdeu a ação em 1ª Instância, mas conseguiu reverter na 2ª. 

A ação transitou em julgado, passando a valer somente para os empregados que ingressaram na empresa até o ano de 2000, pois no entendimento dos magistrados, esse benefício passou a ser um entendimento entre as partes depois de ter entrado no acordo entre empresa e trabalhadores.

A prática da liberação dos trabalhadores para pagar as contas e resolver questões burocráticas, geralmente financeiras e administrativas, era comum na Embrapa desde os anos 80, explica a presidente da Seção Sindical Florestas, Paula Pucci. 

De acordo com a sindicalista,  esse dia foi institucionalizado como “dia de pagamento”, pois antigamente as pessoas precisam ir até agências bancárias para pagar contas, e resolver problemas. “Hoje, com a tecnologia é possível resolver algumas coisas de forma virtual, mas nem todos os empregados têm facilidade em lidar com internet e transações online. Além disso, ainda tem gente que precisa assinar um documento na agência, conversar com o gerente para renegociar uma dívida ou mesmo ir a um cartório resolver alguma questão burocrátical”, argumenta. 

Segundo o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, essa questão não afeta o trabalho realizado na Embrapa porque já existia esse dia e a empresa continuou dando seu retorno à sociedade sem perder a produtividade. “Esse benefício colabora para um bom ambiente de trabalho e já era um direito adquirido.”