
SINPAF cobra explicações à Ceres sobre taxa de custeio e déficit em 2024
Por: Camila Bordinha
Na manhã desta terça-feira. 14 de abril, a Diretoria Nacional do SINPAF cobrou explicações à Ceres (operadora dos planos de previdência da Embrapa) sobre as novas taxas de custeio dos planos de benefícios a partir do dia 1º de abril. Na ocasião, o SINPAF também questionou o déficit do primeiro semestre de 2024, tanto para o Plano Básico quanto para o FlexCeres, apresentado pela instituição no Relatório de Controles Internos do Conselho Fiscal.
Esses mesmos questionamentos foram feitos por meio de carta à presidenta da Embrapa, Silvia Massruhá, já que a empresa é a patrocinadora dos Planos de Previdência Complementar da operadora. O SINPAF deseja que a empresa e a Ceres expliquem com urgência quais medidas estão sendo tomadas para resolução do problema.
Entenda:
Em março, a Ceres anunciou a retomada da contribuição extraordinária para o Plano Embrapa Básico, que tinha sido suspensa de abril de 2024 a março de 2025. Essa contribuição era destinada ao equacionamento de um déficit, que retornou no exercício de 2024, de acordo com a avaliação atuarial do período.
Com isso, os assistidos, os participantes e a patrocinadora passarão a contribuir mensalmente com um adicional de 0,28%, 3,048% e 10,135%, respectivamente, de acordo com a própria Ceres. Em porcentagem parece que o aumento é pouco, mas, na verdade, esses números significam um aumento que chega a 27,5% sobre o que já é pago pelos participantes, que é a parcela que vai pagar a maior parte da conta do déficit apontado pelo relatório do conselho fiscal da operadora dos planos de previdência da Embrapa.
A Diretoria Nacional do SINPAF acompanha com preocupação o crescente número de reclamações recebidas de filiados e filiadas participantes e assistidos dos planos. O Sindicato cobra uma resposta urgente da Ceres e da Embrapa e está pronto para tomar as providências necessárias.