Categoria Ignorada: Falta de proposta econômica da Embrapa impulsiona Vigília dos/as Trabalhadores/as
Por: Gisliene Hesse
Na 15ª rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Embrapa 2024-2025, mais uma vez, a empresa não apresentou uma proposta de índice econômico para a categoria, além de arrastar as tratativas das cláusulas durante o dia com pouquíssimos avanços.
A Comissão Nacional de Negociação do SINPAF (CNN do SINPAF) demonstrou empenho em buscar avanços para a categoria, porém se deparou com a intransigência da empresa, que ignora demandas fundamentais e trata as negociações com descaso. Entre as questões mais sensíveis estão as cláusulas sociais, como o auxílio para pais e mães de filhos com deficiência, que segue sem solução.
A estratégia da Embrapa parece ser a de cansar a categoria. Nas últimas rodadas, a empresa limitou-se a não tratar de cláusulas importantes, como a de adicional de elevação de escolaridade, fornecimento de transporte, licenças paternidade e maternidade, sem qualquer justificativa ou proposta alternativa que mostre comprometimento com os direitos dos/as trabalhadores/as.
A CNN tem demonstrado abertura nas negociações e chegou, por exemplo, a propor alternativas flexíveis para começar a resolver cláusulas, como foi o caso do item sobre fornecimento de transporte. A Comissão propôs que a Embrapa atenda pelo menos as unidades que mais necessitam do benefício.
O SINPAF tem alertado repetidamente sobre o impacto dessa postura, especialmente em questões como o combate ao assédio moral, a licença parental, e a saúde dos trabalhadores.
Diante da falta de avanços, o Sinpaf convocou a realização de Assembleias Gerais Permanentes para amanhã, 26/9, em todas as Seções Sindicais. O objetivo das assembleias será realizar uma mobilização/vigília nas unidades da Embrapa para receber informes da Comissão Nacional de Negociação do SINPAF (CNN do SINPAF).
“Estamos no fim de setembro e entendemos que as negociações estão se arrastando e que a postura da empresa demonstra total desrespeito com os/as trabalhadores/a”. A responsabilidade da falta de avanços é da presidenta Silvia Massruhá e da Diretoria Executiva da empresa. Com esse cenário de desrespeito, não existe outra saída que não a de mobilização da categoria, afirmou Marcus Vinicius Sidoruk Vidal.