Aprovado por unanimidade pelas Assembleias Gerais, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), do período 2022-2023 vai reduzir significativamente as perdas salariais, estimadas em 25% pelo Dieese. O acordo, feito com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), será assinado entre o SINPAF e a Embrapa até o final de março.

Com aumento de quase 4% de reajuste salarial entre a primeira (70% do IPCA) e a segunda proposta (100% do IPCA), é possível calcular uma diferença salarial de R$ 68,60 (para assistentes SC01) até R$ 922,25 (para pesquisadores EA24), baseados nos valores atribuídos às referências do Plano de Cargos da Embrapa (PCE).

Ainda baseados nas referências do PCE, a diferença entre a primeira e a segunda proposta, acumulada nos 12 meses, geraria uma perda de R$ 823,22, para assistentes, até R$ 11.070,29, para pesquisadores.

Para a Diretoria Nacional do SINPAF, este é o resultado da confiança da categoria no sindicato que, com a paciência e estratégia técnica da Comissão Nacional de Negociação (CNN), conseguiu alcançar 100% de reajuste salarial para o ACT 2022-2023.

O presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, lembra que, apesar desta grande conquista, é preciso manter a animação da luta e partir para a próxima negociação, que já está em curso, e recuperar o restante das perdas salariais.

“O governo mudou, o cenário político está mudando e, além dos salários, precisamos corrigir todos os projetos de desestruturação da empresa e das carreiras, que só não avançaram devido à resistência do Sindicato e do apoio de seus filiados. Portanto, contamos que mais trabalhadoras e trabalhadores juntem-se à nossa luta, juntem-se ao SINPAF. E vamos à luta por melhores condições de trabalho no ACT 2023-2024,” afirmou Marcus Vinicius.