Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário

SINPAF luta pelos direitos dos trabalhadores/as da Codevasf em audiência com ministro do Desenvolvimento Regional

21 de setembro de 2023
Por: Gisliene Hesse

Em audiência com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e com o presidente da Codevasf, Marcelo Andrade Moreira Pinto, no início da noite desta quarta-feira, 20, os integrantes da Diretoria Nacional do SINPAF trataram das dificuldades encontradas na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados e empregadas da Codevasf.

Antes de começar a audiência, o presidente da empresa lembrou do acidente que ocorreu nesta terça-feira, 19, com três integrantes da empresa que estavam em viagem a serviço. Dois deles faleceram – a trabalhadora Carmen Madalena dos Santos e o trabalhador Tiago Pereira. Eles eram lotados  no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Gorutuba, em Nova Porteirinha (MG). A empregada Eliane Monção Teixeira, que também estava no veículo, está hospitalizada.

O ministro se solidarizou com as perdas dos colegas e agradeceu o engajamento de todos os integrantes sindicais presentes na audiência.

Em seguida, o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, explicou para o ministro sobre as reinvindicações dos trabalhadores e trabalhadoras da Codevasf. Ele esclareceu que todas elas foram baseadas em um estudo do Dieese que trata das perdas acumuladas da categoria nos últimos anos.

“Estamos lutando pela recomposição das perdas salariais de 2018 até 2023 e pela falta de reajuste nos auxílios alimentação, creche/pré-escola e dependentes com deficiência. Esses itens não recebem aumento desde 2017”, ressaltou o presidente.

Marcus Vinicius também levantou a preocupação com a atuação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), que tem criado barreiras não só nas tratativas das cláusulas econômicas, mas também nas sociais.

“Não entendemos essa postura. O governo mudou e o órgão está agindo como se fosse do governo anterior. Nós sabemos que não é só conosco que os entraves têm acontecido, mas não existe justificativa para não melhorar cláusulas que impactam o orçamento”, criticou Vinicius.

O ministro explicou ao grupo que está com várias demandas de diferentes empresas ligadas ao ministério, como é o caso da defesa civil. Ele afirmou que está tentando equilibrar as diversas demandas apresentadas.

“Irei conversar com outros ministérios envolvidos. Temos muitos problemas em várias empresas. Não é só a questão de aumento nos salários. Condições de trabalho ruins, sobrecarga de trabalho, falta de valorização ao trabalhador/a são algumas das dificuldades encontradas”, disse o ministro. 

Outra questão levantada pelo SINPAF na audiência foi sobre o plano de saúde. O presidente da Seção Sindical Sede,  José Roberto Rodrigues, questionou sobre os repetidos aumentos do plano e disse que vários empregados e empregadas estão saindo. A sugestão dele é que a Codevasf arque com uma parte maior do benefício.

O ministro explicou que para mudar essa questão é necessário um estudo mais aprofundado, com estatísticas. O presidente da Codevasf ficou de averiguar e entender a melhor forma de agir diante da questão  colocada. 

Para Adilson F. Mota, diretor de assuntos jurídicos e previdenciários do SINPAF, a audiência é uma prova de que a empresa está se movimentando em busca de resultados para os trabalhadores e trabalhadoras.

“A Codevasf mudou a postura e tem buscado trazer resultados para negociação. O SINPAF também não tem medido forças para buscar resultados concretos. Já realizamos reuniões com parlamentares e ministros. Estamos fazendo o nosso máximo”, explicou Adilson.

Além de Marcus Vinicius e Adilson Mota, a audiência contou com as presenças de outros integrantes do SINPAF:  Júlio Bicca, vice-presidente; Marco Aurélio Feitosa, Secretário-geral;  Zeca Magalhães, diretor de relações institucionais; Antônio Marcos Santos Pereira, diretor de Divulgação e Imprensa; Silvia Mara Belloni, diretora da Regional Centro-Oeste; e Lilianne Galvão, analista jurídica do sindicato.

Leia mais