Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário
fotos da reunião com o presidente do consad. Cinco homens nas quatro fotos

Diretoria Nacional do SINPAF se reúne com presidente do Consad da Embrapa

18 de julho de 2024
Por: Gisliene Hesse

A Diretoria Nacional do SINPAF se reuniu na manhã de hoje, 18/7, com o presidente do Conselho de Administração da Embrapa (Consad), Carlos Ernesto Augustin, na sede da empresa, em Brasília. Durante a conversa, os representantes sindicais apresentaram algumas cláusulas sociais que se destacam na pauta dos trabalhadores e trabalhadoras do Acordo Coletivo de Trabalho 2024/205 da Embrapa (ACT da Embrapa 2024/2025) e trataram do processo de terceirização na empresa.

No início da reunião, os diretores do SINPAF ressaltaram que existe um processo mais burocrático este ano em relação à negociação do ACT da Embrapa, visto que todas as tratativas precisam passar pela Diretoria Executiva da empresa, pela aprovação do Consad e depois ir para a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST).  

“Esse processo demorado nos preocupa. Foi por isso que resolvemos reforçar a importância das cláusulas econômicas e apresentar algumas cláusulas sociais fundamentais para os/as trabalhadores/as, que não dependem de cifras econômicas, mas sim da boa vontade da Embrapa em aprovar e implantar dentro da empresa”, destacou o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal.

Entre os temas priorizados na pauta da categoria estão: os assédios moral e sexual, a proteção aos idosos e as pessoas com deficiência, as licenças à maternidade e à paternidade, o reconhecimento da elevação de escolaridade para assistentes e técnicos, entre outros.

Terceirização

Os diretores do SINPAF também trouxeram para a conversa a pauta da terceirização dentro da empresa. O diretor de relações institucionais do SINPAF, Zeca Magalhães, trouxe o exemplo da fazenda Ilmirim, na Embrapa Pantanal. O diretor explicou que recentemente do SINPAF esteve na fazenda e descobriu que lá somente dois assistentes se revezam para fazer a manutenção e tomar conta do rebanho.

“Os pesquisadores de lá nos disseram que não têm como desenvolver projetos porque não têm mão de obra. Eles disseram que lá existe uma necessidade grande de ter assistentes. Eles afirmaram que é impossível eles terceirizarem essa atividade, pois o local mais perto é 110 quilômetros de lá. Nós temos casos pontuais nos quais temos que prestar atenção”, disse Zeca Magalhães.

“Nós somos totalmente contrários à terceirização de qualquer cargo. É importante dizer que todo o trabalho de pesquisa da Embrapa passa pelas mãos dos Assistentes. Para nós, a autorização da terceirização vai comprometer a credibilidade da Embrapa. Em pouco tempo, a precarização será grande e a empresa poderá cair em um descrédito que não irá se recuperar”, pontuou Antônio Guedes, secretário-geral e diretor administrativo-financeiro do SINPAF.

O presidente do Consad foi receptivo aos temas apresentados pelo SINPAF e, inclusive, apresentou seu ponto de vista sobre alguns deles. Além do presidente, Celso Armando Fugolin, também membro do Consad, participou da reunião. 

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