Na última terça-feira, 25 de julho, cerca de 20 mulheres das Seções Sindicais do SINPAF participaram da Oficina de Formação Política das Teses da Marcha das Margaridas. O evento foi online e teve o objetivo de fornecer informações importante sobre o movimento para as Margaridas do SINPAF (cerca de 60 mulheres das Seções Sindicais do Sindicato estarão presentes na Macha das Margaridas no dia 16 de agosto).

A diretora das Mulheres do SINPAF, Mirane Costa, a diretora e a suplente da pasta Políticas Sociais e Cidadania do SINPAF, Franciana Volpato e Ilmarina Menezes, respectivamente, representaram a Diretoria Nacional do Sindicato. O evento contou ainda com Mazé Moraes, secretária da Mulher Trabalhadora Rural da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e coordenadora da Marcha das Margaridas e com Camila Guedes da secretaria de comunicação da Contag.

Durante a oficina foi apresentado por Mazé Moraes um breve histórico da Marcha das Margaridas e da história de luta de Margarida Alves, que deu nome ao movimento das mulheres trabalhadoras rurais. Ela foi uma sindicalista paraibana e defensora dos direitos humanos. Por causa da sua atuação em prol dos trabalhadores e trabalhadoras, ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, aos 50 anos. O crime segue impune, mas o legado de Margarida Alves permanece vivo. A cada quatro anos, no mês de agosto, mulheres das cinco regiões do país revivem seu nome e sua memória.

As conquistas da Marcha das Margaridas, também foi outro tema tratado nas discussões da oficina. A primeira edição do evento foi em 2000. De lá para cá, a criação de políticas públicas para a produção da agricultura familiar, educação, saúde, titulação da terra para as mulheres, direito à previdência para trabalhadoras rurais, entre outras, foram alguns dos progressos.

Vale citar ainda o avanço da pauta no movimento sindical que foi a paridade de gênero nas direções dos sindicatos, federações e confederações. As margaridas também tiveram um papel importante ao apoiar a primeira presidente mulher do Brasil, Dilma Roussef, durante o processo de impeachment. A atuação das mulheres nas eleições de 2022 que elegeu o presidente Lula, também se deve à união de forças das margaridas.  

Por último, o evento preparatório contou ainda com a exposição dos eixos políticos defendidos pelas mulheres este ano. Os temas vão desde democracia participativa e soberania popular, autonomia econômica, democratização do acesso à terra até inclusão digital.

A oficina foi finalizada com a música da Marcha cantada pelas mulheres do SINPAF.

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