O período da pandemia está sendo marcado pela dor da perda de pessoas e pelo isolamento social. Mas também  por uma crise política, socioeconômica e de saúde pública sem precedentes.  Dentro desse contexto, a fome está invadindo os lares brasileiros. 

Os números revelam que a fome atingiu 19 milhões de brasileiros na pandemia em 2020. 116,8 milhões de pessoas conviveram com algum grau de insegurança alimentar no Brasil nos últimos meses do ano, o que corresponde a 55,2% dos domicílios. 

Esses dados são do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, conduzido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. 

Ainda segundo a pesquisa, a principal medida do governo para diminuir o impacto da pandemia não foi suficiente. Mesmo entre os domicílios que receberam o auxílio emergencial, 28% viveram insegurança alimentar grave, ou seja, passaram fome. 

São famílias que não têm garantido um direito fundamental previsto na Constituição, que é a alimentação adequada, em quantidade e qualidade. Temos possibilidade de sermos um país com garantia de segurança e soberania alimentar, argumentou Márcia Coelho, diretora de Políticas Sociais e Cidadania do SINPAF. 

A suplente da pasta, Orlane Maia, enfatiza que  o SINPAF defende o direito à alimentação, auxílio emergencial de R$ 600 e vacina para todos e todas. “Essas políticas impactam diretamente no combate à fome do povo brasileiro.  Iniciativas como o Maio solidário também amenizam o sofrimento de pessoas que vivem em exclusão social. Por isso, convidamos toda a base para fazer parte dessa mobilização. A solidariedade é um pilar fundamental ”, enfatizou. 

Veja o passo a passo para participar da Campanha Maio Solidário:

1. 1. A diretoria da Seção Sindical reúne-se e decide com quanto pode contribuir;
2. 2. Escolhe uma instituição, que pode ser abrigo, asilo, unidade de acolhimento de refugiados, associação de comunidades carentes, entre outras.
3. 3. A Seção Sindical deve fazer contato prévio com a Instituição que será atendida, para saber quais são as principais necessidades da instituição;
4. 4. Compra do material a ser doado ( alimentos não perecíveis, material de limpeza, máscaras, álcool gel etc).
5. 5. Entrega com registro de fotos e/ou vídeo, sem expor a pessoa em vulnerabilidade social;
6. 6. Entrega sem aglomeração para evitar a contaminação e a propagação da Covid-19.
7. 7. Filiados e filiadas podem cooperar doando cestas básicas ou depositando uma contribuição na conta da Seção Sindical, que será utilizada para compra de alimentos e produtos de higiene;
8. 8. A Seção Sindical define o posto de arrecadação, que pode ser na própria Seção.