Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário

Trabalhadores da Embrapa são ouvidos no Ministério da Agricultura

10 de fevereiro de 2023
Por: Larissa Sarmento

Após fazerem um manifesto pacífico na porta do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), trabalhadores e trabalhadoras da Embrapa foram ouvidos pelo secretário-executivo adjunto, Luiz Rodrigues. 

A conversa, que aconteceu na tarde desta quinta-feira (9), teve o objetivo de buscar o apoio do novo governo para reconstrução da Embrapa e o retorno à sua missão original.

Participaram 20 representantes do SINPAF, entre eles membros da Diretoria Nacional, presidentes e diretores de seções sindicais de diversas regiões do país e filiados.

Os participantes  apresentaram para o secretário adjunto as principais mazelas que atordoam a Embrapa hoje e que vêm destruindo a pesquisa agropecuária no país. 

Os itens colocados como de maior urgência para sanar tais problemas foram a necessidade de troca do Conselho de Administração da Embrapa (Consad) e da diretoria da empresa.

Outras questões como a terceirização dos assistentes e a precarização da pesquisa, a necessidade de realização de novos concursos públicos para recomposição do quadro defasado, a valorização da pesquisa e das riquezas incalculáveis da empresa também foram levantadas. 

Segundo o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, o encontro foi importante para levantar questões e debater assuntos relativos à Embrapa e aos trabalhadores, “mas o objetivo maior é criarmos uma interlocução permanente com o Ministério”.

O secretário-executivo adjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luiz Rodrigues, depois de ouvir atentamente os representantes do SINPAF, ressaltou que a prioridade do ministro Carlos Fávaro é a recuperação da Embrapa.

“A Embrapa não é uma empresa de ativos físicos, os ativos são seus trabalhadores, é o conhecimento que eles produzem que está em vários níveis desde quem pesquisa até quem conduz o experimento”, destaca. 

Ele afirmou ainda que a meta agora é nomear um novo Conselho para a partir daí eleger uma nova diretoria da Embrapa, que seja mais representativa para os trabalhadores e para a sociedade civil. 

“A gente quer uma empresa que converse com todos os setores, que atenda às necessidades da agricultura brasileira, mas que converse com as questões importantes transversais como o meio ambiente, a fome e infraestrutura”, completa. 

O secretário acrescentou que o ministro Carlos Fávaro fará um encontro presencial com o SINPAF para planejar uma agenda de ações. 

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