A Comissão de Negociação do SINPAF está cobrando diariamente uma posição da Codevasf para retomar as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria.

Recentemente, a empresa mudou a presidência e, com isso, houve mais um atraso para prosseguimento das rodadas de negociação. Porém, a nova presidente, Kênia Marcelino, já conversou com o SINPAF, no dia 25/7, e prometeu articular politicamente com o governo para melhorar o índice de reajuste para as cláusulas econômicas.

Durante a reunião, a comissão também cobrou da nova presidente algumas reivindicações dos trabalhadores, como as demandas de transferência de empregados, o destravamento dos operacionais de referência 10 e 11 e o Plano de Cargos e Salários, que o SINPAF, inclusive, já possui um estudo para contribuir com o planejamento.

De acordo com a presidente da Codevasf, no dia 8/8, ela se reuniu com a Secretaria de Coordenação e Governança ds Empresas Estatais (antigo Dest) para tratar sobre o ACT. Na reunião, o órgão solicitou algumas informações complementares que já foram enviadas pela Codevasf. “Tão logo haja resposta da Secretaria de Coordenação, agendaremos reunião com os representantes do SINPAF para comunicar sobre os desdobramentos”, informou Kênia Marcelino.

Caso a Codevasf não se pronuncie até o dia 19/8, o SINPAF vai tentar negociar junto à empresa para que seja realizada uma rodada de negociação entre os dias 22 a 29 de agosto. “Entendemos a ansiedade dos trabalhadores para agilizar o fechamento do ACT, porém na atual conjuntura política é preciso muita cautela para conseguir avanços nas negociações”, enfatiza a Comissão de Negociação.

Últimas negociações

Cláusulas econômicas – Após paralisação nacional dos trabalhadores da Codevasf, no dia 21 de junho, a empresa apresentou um novo índice, de 8,28%, para reajustar as cláusulas econômicas do ACT 2016/2017.

O SINPAF rejeitou o novo índice de reajuste por entender que essa proposta não contempla anseios e perdas salariais da categoria. A Comissão do SINPAF considera que qualquer perda salarial admitida na atual conjuntura terá reflexo nos salários dos trabalhadores para sempre, mesmo que seja 1%.

Cláusulas sociais – Ainda não houve avanço por causa da inflexibilidade da empresa em negociar as cláusulas que tratam sobre condições de trabalho, segurança no trabalho, programa de preparação para aposentadoria, além de outras.

Prorrogação da Data-base – A comissão de negociação da Codevasf concordou em fazer mais uma prorrogação do ACT vigente, até o dia 31 de agosto