Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário

Vídeo da Embrapa reforça postura atentatória contra os trabalhadores e a história do movimento sindical

14 de junho de 2016
Por: Rogério Rios

Nesta terça-feira (14/6), a Comissão de Negociação da Embrapa divulgou um vídeo no boletim interno da empresa (Todos.com) no qual a presidente, Clarice de Castro Oliveira, acompanhada dos demais integrantes, faz um discurso inconsequente e atentatório contra os trabalhadores e a história do movimento sindical.

O mais irônico é que, para iludir os trabalhadores com falsas vantagens, a Clarice se apresenta como presidente da Comissão de Negociação, porém, para receber a carta-resposta do SINPAF, ela se apresentou como chefe-substituta do DGP, alegando que não haveria mais espaço para negociação. Mas, afinal, qual é o papel da Clarice dentro do jogo tapeação da empresa?

Esse discurso tramado pela empresa, no qual a Clarice faz o papel de protagonista, atenta contra os trabalhadores e trabalhadoras uma vez que desrespeita a decisão da Comissão de Negociação do SINPAF, representante legítima da base.

A “resposta dos empregados” já foi dada. E no dia 17 de junho, data estipulada pela empresa, ela será repetida: não ao “pacotaço” de ilusão. Diante do cenário de crise política no Brasil, a proposta da Embrapa contribui ainda mais para fortalecer as medidas de retrocessos das garantias e conquistas que a classe trabalhadora já está vivenciando.

A questão não é apenas financeira. As cláusulas sociais não foram debatidas à exaustão e elas também fazem parte do conjunto de direitos que acompanham a evolução da sociedade como, por exemplo, Registro de Frequência, Licença Paternidade, Auxílio Creche/Pré-escola/Babá e Escola e, ainda, a garantia de cumprimento do ACT pela Empresa, o que não acontecesse sucessivamente ao longo dos anos.

Reforçamos mais uma vez que o jogo da Embrapa, no qual o Sindicato vem alertando à categoria, fica claro quando a empresa altera a redação de algumas cláusulas do Acordo Coletivo sem o consentimento do SINPAF e mente para a categoria quando diz que é ACT Revisando (manutenção do texto integral do Acordo vigente).

Essas alterações de redação feitas pela Embrapa, ainda que consideradas sem importância neste momento, no futuro poderão acarretar perdas de direitos. Por isso, não podemos pensar somente na questão econômica, mas precisamos pensar também na parte social, que faz muita diferença na vida do empregado e que foi conquistada com muita luta sindical no passado.

É preciso deixar claro para a empresa que não aceitaremos imposições. A voz do trabalhador é o SINPAF e não a Embrapa. E neste momento, o Sindicato entende que é necessário voltar à mesa de negociação.

Trabalhador, é hora de se mobilizar! Diga não ao PACOTAÇO!

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