Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário

SINPAF consegue avanço no índice proposto pela Embrapa, 100% do IPCA

13 de março de 2023
Por: Larissa Sarmento

O SINPAF conseguiu o índice de 100% do IPCA nos salários (12,13%) para os trabalhadores e trabalhadoras da Embrapa na mediação do Acordo Coletivo de Trabalho (2022-2023) mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), nesta segunda-feira (13). 

A Comissão Nacional de Negociação do SINPAF (CNN) recepcionou a proposta da Embrapa e irá encaminhar para aprovação ou rejeição da base. 

O reajuste apresentado pela empresa não atingiu o índice de recomposição do INPC, proposto pelo sindicato, mas já é um avanço do que havia sido colocado anteriormente pela Embrapa. 

Além disso, a proposta não avança nas cláusulas sociais discutidas durante a 13ª rodada de negociação do ACT como: serviço de transporte, assédio moral e sexual, recomposição do auxílio alimentação/refeição (de forma a corrigir os passivos desde 2018), programa de saúde, liberação para atividades sindicais ou sociais de relevância pública, liberação pelo dia de pagamento e teletrabalho híbrido. 

Por esse motivo ficou então registrado em ATA que  a Embrapa se compromete a discutir de forma  prioritária as tais cláusulas no próximo ACT ( 2023-2024). 

A recomposição salarial foi garantida com a retroatividade à data-base da categoria (1º de maio). 

O índice foi autorizado pela Secretaria de Coordenação das Estatais (Sest), do Ministério da Economia, e aprovado no Conselho de Administração (Consad). 

De acordo com o presidente do SINPAF, Marcus Vinicius Sidoruk Vidal, esse processo todo de negociação foi bastante trabalhoso, pois exigiu da Diretoria Nacional e da CNN do sindicato muita estratégia para lidar com a empresa e com o que eles estavam oferecendo no início. 

“Depois de tanto tempo de discussão, finalmente tivemos uma boa resposta da Embrapa, que começou a valorizar seus trabalhadores e trabalhadoras. Nos esforçamos muito para conseguir esse resultado e isso só foi possível porque a categoria teve confiança na direção do sindicato e assim não aceitamos algo que estava muito abaixo de uma recomposição justa”, afirma. 

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