Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário

No Dia Nacional da Saúde o SINPAF chama atenção sobre os riscos psicossociais e o estresse no trabalho

5 de agosto de 2016
Por: Rogério Rios

Hoje, 05 de agosto, comemora-se o Dia Nacional da Saúde. Este ano, o SINPAF chama a atenção para os riscos psicossociais e o estresse no trabalho. De acordo com a pesquisa da Organização Mundial da Saúde, o brasileiro é o empregado mais estressado do mundo. Entre os motivos, estão as longas jornadas de trabalho, a pressão por resultados imediatos e o desequilíbrio entre a vida profissional e familiar.

A pesquisa também revela que o percentual de trabalhadores com risco de doenças psicossociais e estresse aumenta cada vez mais. Porém, o SINPAF alerta que não existe legislação especifica que contribua para o tratamento e as imediatas identificações dos problemas causadores, como no caso das Normas Regulamentares do Ministério do Trabalho (NR’s).

 

Você sabe o que são riscos psicossociais?

Os riscos psicossociais surgem do complexo âmbito da organização do trabalho e, embora as consequências negativas para a saúde não sejam tão evidentes como dos acidentes de trabalho ou doenças profissionais, também podem ter uma relevância notável, manifestando-se por meio de problemas como a ausência no trabalho (absenteísmo), a rotatividade de pessoal ou o estresse que, em conjunto, representam importantes custos de saúde para as pessoas e econômicos para as empresas.

Os problemas podem decorrer também das deficiências na organização e gestão das empresas, bem como de um contexto social de trabalho problemático, podendo ter efeitos negativos a nível psicológico, físico e social tais como estresse relacionado com o trabalho, esgotamento ou depressão.

 

Grandes desafios – As doenças mentais e o estresse apresentam grandes desafios para a saúde do trabalhador uma vez que o problema, geralmente, é objeto de incompreensão e estigmatização nas instituições.

As causas mais apontadas para o estresse laboral são a reorganização ou a insegurança, as jornadas longas ou a carga excessiva, bem como o assédio e a violência no trabalho.

No entanto, se forem abordados enquanto problema organizacional e não falha individual, os riscos psicossociais e o estresse podem ser controlados da mesma maneira que qualquer outro risco de saúde e segurança no local de trabalho.

Embora as empresas tenham a responsabilidade legal de assegurar a avaliação e o controle adequados dos riscos no local de trabalho, é essencial garantir também o envolvimento dos trabalhadores e do Sindicato para combater os problemas geradores dos riscos psicossociais e também garantir que as medidas aplicadas pelas empresas sejam adequadas e eficazes.

 

SINPAF em ação – Sempre em luta pelo bem-estar dos trabalhadores, todos os anos o SINPAF negocia o acréscimo de cláusulas no Acordo Coletivo da categoria para que todos os empregados tenham condições dignas de trabalho.

 Em 2016, por exemplo, uma das bandeiras do Sindicato durante as rodadas de negociação da Embrapa foi reforçar o comprometimento da instituição no combate ao Assédio Moral e, ainda, revisar a cláusula de compensação de horas, que pode afetar diretamente a carga horária do trabalhador e, consequentemente, o tempo de lazer, descanso e convívio familiar, que colaboram para uma boa saúde mental dos empregados.

No ano passado, a Diretoria Nacional produziu e distribuiu para todas as Seções Sindicais duas cartilhas: ‘Saúde, trabalho, segurança e qualidade de vida para todos: a saúde do seu coração’ e ‘Assédio Moral: juntos podemos vencer este mal’.

Recentemente, a DN também lançou o Sistema de Vigilância e Atenção em Saúde do Trabalhador do SINPAF (SIVASTS), que será alimentado pelas diretorias de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente de todas as Seções Sindicais, com informações relevantes sobre casos de acidentes laborais, processos judiciais sobre saúde do trabalhador, condições dos locais de trabalho e outras informações.

O novo sistema vai consolidar as informações que poderão ser usadas, por exemplo, para produção de estatísticas e relatórios de análise e tomadas de ações que promovam a melhoria da qualidade de vida dos empregados.

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