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Embrapa Meio-Norte descumpre determinações da presidência e continua desmonte da UEP Parnaíba
A Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) de Parnaíba-PI caminha para a extinção por causa das intransigências do chefe-geral da Embrapa Meio-Norte, que descumpre as orientações do presidente da empresa.

O problema na unidade se arrasta desde 2018 e a Diretoria Nacional do SINPAF tem conversado diretamente com a Diretoria Executiva da empresa, conseguindo reverter, temporariamente, algumas situações de demissão de empregados, desmonte de laboratórios e proposta de desmobilização da UEP travestida de revitalização.
Basta o Sindicato afrouxar um pouco a atenção e o chefe-geral está lá emitindo novas ordens que vão contra a todas as orientações dos executivos da empresa. Das duas uma: ou está ocorrendo uma falha de comunicação ou o chefe-geral da UEP Parnaíba simplesmente passa por cima das ordens da presidência da Embrapa, assim como se comporta como um rolo compressor com os empregados da unidade.
Nesta quinta-feira (19/3), o SINPAF emitiu uma carta ao presidente Moretti solicitando sua manifestação a respeito da situação na UEP Parnaíba, pois, na reunião realizada em 16 de março, entre a assessoria executiva da Embrapa, a Diretoria Nacional do Sindicato e representantes de Seções, o dirigente acordou em suspender imediatamente as remoções de pessoal e permitir a participação do representante sindical na construção de um plano de revitalização da unidade.
Porém, o que a diretoria da Seção Sindical Parnaíba encontrou quando foi fazer jus à sua participação foi algo que contradiz totalmente o tratado de Moretti com o Sindicato. Luiz Fernando Carvalho Leite informou que o plano já estava em construção e que seria encaminhado para implantação na UEP, sem que tenha havido qualquer movimento de incorporação do SINPAF no processo.
O SINPAF, portanto, continuará exigindo que a palavra do presidente da Embrapa seja cumprida, permitindo a participação do Sindicato no planejamento de uma revitalização verdadeira e efetiva da UEP Parnaíba. “A intenção é tão somente contribuir da melhor maneira para o fortalecimento da Embrapa, concomitante à manutenção do trabalho digno aos seus empregados”, conforme concluiu a diretoria na carta à Moretti.
A SITUAÇÃO – Os trabalhadores do posto avançado da Embrapa Meio-Norte, em Parnaíba-PI, denunciaram ao SINPAF que a chefia local retomou, desde o final do ano passado, o demonstre de pesquisas importantes por meio da remoção e transferência de pessoal para Teresina-PI.
Em 2018 foi promovida uma desmobilização de recursos humanos da área de maricultura (ramo da aquicultura marítima) para a Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju-SE. A situação se estendeu aos projetos de Aquicultura (produção de organismos em ambientes aquáticos), que paralisou após ações dos dirigentes da Seção Sindical e da Diretoria Nacional do SINPAF na época.
Agora, o problema voltou a atingir a unidade e coloca o projeto de Aquicultura novamente em risco. Entre 2018 e 2019 houve uma redução de 18 empregados: eram 79 em 2018 e 61 em 2019, agravada com o Programa de Demissão Incentivada (PDI). O maior déficit está nos pesquisadores e assistentes: de 12 para 7 pesquisadores.
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